Escola do Dia: IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE 1995
Categoria: Campeã
O resultado do carnaval de 1995 é um dos mais polêmicos da era sambódromo. Muitos contestam o campeonato da escola de Ramos, apontando a vice Portela como merecedora do título. Bastante dessa irresignação deve-se ao carro que quebrou e nem chegou a entrar, fazendo com que a escola desfilasse (e fosse campeã) com um carro a menos.
Apesar de tudo isso, sou daqueles que, embora não seja gresilense, defende esse desfile com unhas e dentes. Motivos para isso? O desfile da Imperatriz de 1995 é o meu favorito da escola de Ramos.
A escola veio com o enredo intitulado "Mais Vale um Jegue que me carregue, que um Camelo que me Derrube lá no Ceará". Rosa Magalhães, com toda sua maestria, mostrou que pode-se sim transformar um enredo "CEP" em algo altamente cultural. O enredo e sua forma de desenvolvimento foram fantásticos. Samba perfeito e na ponta da língua de todos. Fábio de Mello, mais uma vez, deu show em sua comissão de frente.
Há quem diga que a IL é uma escola "fria" quanto à sua comunicação com o público. Mas não foi isso o que se viu nesse desfile. Todos que estavam ali desfilaram junto da escola, cantando o magnífico samba puxado pelo Preto Jóia que, certamente, estava em uma noite inspirada.
Há quem critique esse desfile mas, pra mim, ele é sim campeão com todos os méritos (inclusive com carro a menos). Parabéns à escola que fez do requinte e do luxo a sua marca.
"Balançou, não deu certo não
Pois não passou de ilusão
Eles trouxeram o balanço do deserto
Mas não é o gingado certo
Pra cruzar o nosso chão"
Pois não passou de ilusão
Eles trouxeram o balanço do deserto
Mas não é o gingado certo
Pra cruzar o nosso chão"
Tô chocada com seu conhecimento de carnaval! E essa Rosa está em todas né? Inclusive na Mangueira, ano que vem! Estação Primeira campeã ano que vem???
ResponderExcluirBju!
Parabéns pelo blog! Abre-se mais um espaço para comentarmos sobre essa cachaça que é o desfile das escolas de samba para nós amantes do carnaval. Apesar de suspeito para escrever, acho que o título ficou em boas mãos.
ResponderExcluirA Imperatriz fez um grande desfile e a falta do carro não prejudicou o desenvolvimento do enredo. Show de Mestre Beto comandando a nossa escola, Chiquinho e Maria Helena imbatíveis na condução do nosso pavilhão e Rosa sempre Rosa nos brindando com um enredo cultural, relevante e até então desconhecido de grande parte do público. Rosa e Imperatriz foi o casamento perfeito! Bom gosto, requinte e cultura eram marcas desse casamento. Salve a Rainha de Ramos num dos seus momentos mais bonitos!
E sem contar que o pé de coelho, Luiza Brunet, estreiava a frente da bateria da minha escola, após desfilar por 9 anos consecutivos na vice campeã de 95, a Portela, cuja diretoria acusava-a de ter fama de pé frio. Em Ramos a história foi outra!! A mesma foi campeã por mais 3 carnavais.
Saudades dos bons tempos da Rainha de Ramos.
Abs,
Marcelo Abreu
Grande Marcelo!!! Nada melhor do que um gresilense vindo diretamente de Ramos para nos dar ainda mais informações desse desfile maravilhoso. Valeu!!!
ResponderExcluirFoi o maior roubo da história da Sapucaí. Ninguém lembra desse desfile. Ninguém canta esse samba. Não foi mais descarado que 99. Mas o mundo do samba clamava por Pprtela e ainda clama. A vitória da Imperatriz foi daqueles erros que ficam na história do samba.
ResponderExcluirSou suspeito para falar de minha escola... mas quem me conhece sabe de minha imparcialidade, pois quando nao gusto de um desfile da Imperatriz nao meco palavras para critica-la...
ResponderExcluirEsse desfile foi sensacional e o enredo esta' na minha galeria de favoritos, junto com Tupinicopolis, Kizomba, etc... so mesmo um genio o poderia ter criado. Rosa Magalhaes tem uma intimidade tao incrivel com a cultura de nosso pais que, do nada, surge com ideias mirabolantes que sao transformadas em alegorias e fantasias de um requinte unico... enfim, Rosa eh Rosa!
Diogenes, parabens pelo excelente blog! Sucesso!!! abs
ResponderExcluirValeu Tony!
ResponderExcluirE quanto ao desfile de 1995, continua polêmico, rs.